No dia 23 de junho, servidores em todo o País – articulados no Movimento Basta – protestaram contra a PEC 32 do Governo Bolsonaro. Essa contrarreforma administrativa visa destruir o serviço público e os direitos do povo brasileiro.
Na capital paulista, o SindServSV foi representado por Rita Bulhões (vice-presidente), Gislaine Camilo (secretário adjunto), Jean Carlos da Silva Vieira (diretor junto ao aposentado) e a tesoureira Mara Valéria Giangiulio, que também é coordenadora do Movimento Basta na Baixada Santista.
Segundo a Confederação Nacional dos Servidores Públicos Municipais (CSPM) e a Fesspmesp, que fazem parte da coordenação do Movimento Basta, o Ato pela Vida, Saúde, Educação e contra a Reforma Administrativa (PEC 32) é um “movimento de luta contra as maldades do Governo Federal”, destacando “a negligência do presidente Jair Bolsonaro com suas responsabilidades presidenciais com o povo brasileiro”.
Desde às 8h, na capital paulista, servidores se concentraram, na Praça Charles Miller, em frente ao estádio Pacaembú, de onde saíram em carreata até a Prefeitura e a Câmara de São Paulo. “Essa mobilização é para reafirmar que a gente está em defesa do servidor público e do serviço público de qualidade. Não podemos deixar essa PEC passar, não podemos abrir mão dos serviços nem rasgar a Constituição Federal, só porque esse presidente quer”, defende Mara Valéria.
Em ação nas redes sociais, em parceria com sindicatos de Santos, Guarujá e Praia Grande, o SindServSV publicou em sua página um vídeo que visa desmistificar as mentiras contadas pelos que apoiam a PEC 32, os mesmos que “mentiram dizendo que a Reforma Trabalhista geraria empregos ou que a Reforma da Previdência salvaria a economia do país”, conclamando os servidores e a população a não caírem em mais essa enganação.
Segundo o diretor de Comunicação, Bruno Rodrigues, é fundamental enfrentar as “narrativas falsas que visam menosprezar a importância dos setores públicos e demonizar servidores e servidoras, que em sua maioria (cerca de 60%) se encontra na ‘linha de frente’ do serviço público nos municípios”.
“Caso a PEC 32 seja aprovada, serão atingidos assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, trabalhadores da educação, assistentes administrativos, agentes de trânsito, entre outras funções essenciais. Mas a população será a maior prejudicada”, destaca Rodrigues.
“Precisamos discutir a qualidade e aperfeiçoar as formas de atuação, mas não acabar com o serviço público. Por isso, é necessário gritar que não podemos deixar aprovar essa perversidade, que é a PEC 32, afirma a coordenadora do Movimento Basta na Baixada Santista.
Alerta à população
Em Alerta à nação, que convocou mobilização nacional contra PEC 32, o Movimento Basta denuncia que a proposta de contrarreforma administrativa acaba com o papel do Estado brasileiro como garantidor do funcionamento, equilíbrio e preservação das redes proteção social essenciais para a população.
Neste 23 de junho, foram realizadas carreatas, tuitaços, ações presenciais em várias regiões, em defesa dos serviços públicos, que são fundamentais ao desenvolvimento humano, social, cultural, institucional e econômico do País.
Luta que segue
Os protestos do Movimento Basta contra a PEC 32 foram realizados ainda no “clima” dos atos de sábado (19/06) contra o Governo Bolsonaro. Em Santos, o Sindicato e outros integrantes do Basta na Região participaram da manifestação, que reuniu centenas de pessoas da Baixada Santista.
Ao lado do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest), do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Estância Balneária de Praia Grande e do Sindicato dos Servidores Públicos da Prefeitura de Guarujá/SP, o SindServSV protestou contra os cortes na educação, a PEC 32, as privatizações, o desemprego e o desmonte de setores estratégicos. Um novo dia nacional de mobilizações já foi marcado: 03 de julho.
