Movimento sindical em defesa do SUS e da vacina já

O terrível ano de 2020, enfim, está em seus últimos dias. Apesar da postura desrespeitosa, negacionista e criminosa do presidente da República acerca da pandemia e as vidas perdidas, surge uma ponta de esperança no horizonte. Não quer dizer que a pandemia esteja em seu “finzinho”, como Bolsonaro quer fazer crer, mas, sim, que as notícias sobre as vacinas em fase avançadas de testes no Brasil abrem a possibilidade de dias melhores.

Após pressão da sociedade e do Supremo Tribunal Federal, só nesta quarta (16/12), o Governo Federal divulgou um plano nacional de vacinação contra a Covid-19. Na verdade, um plano que é apenas uma carta de intenções, já que não apresenta estimativa de início. Segundo especialistas, o planejamento do Brasil está atrasado em pelo menos seis meses, especialmente, no que diz respeito aos insumos e logística de distribuição.

Assim, junto às questões trabalhistas e a defesa manutenção do auxílio emergencial, cresce no movimento sindical a convicção de que, hoje, defender a vacinação já e fortalecimento do SUS é defender a vida da classe trabalhadora. Por exemplo, a Força Sindical e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi se colocaram à disposição das autoridades para a vacinação contra o coronavírus.

Desde o início da pandemia, o movimento sindical já cumpria papel ativo na ajuda ao combate à pandemia, na defesa dos direitos dos trabalhadores e da qualidade dos serviços públicos.

Outro exemplo, a Federação dos Sindicatos dos Servidores e Funcionários Públicos das Câmaras de Vereadores, Fundações, Autarquias e Prefeituras Municipais do Estado de São Paulo – FESSPMESP – incentivou sindicatos filiados a prestarem importante auxílio à sociedade, por exemplo, com a disponibilidade das colônias de férias, transformando-as em hospitais de campanha com leitos, ações intensas na arrecadação e distribuição de alimentos às famílias economicamente atingidas.

Como tal, a SindServSV foi um dos pontos de arrecadação de alimentos e ferrenho defensor das condições de trabalho e direitos dos servidores públicos municipais, muitas vezes, enfrentando falta de EPIs, cobrando realização de testes Covid, abono emergencial, apoio psicológico.

Agora, em momento de transição, iniciada a Campanha Salarial 2021, ainda em pandemia enquanto a vacinação não chegar a todos os brasileiros, o SindServSV enfrentará novos desafios como reivindicar que trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, na linha de frente no atendimento à população, estejam entre os grupos prioritários – pelo visto, profissionais da saúde e da segurança pública devem estar contemplados. Mas, é claro, o objetivo do movimento sindical é que a vacinação chegue a toda a população.