Vacinação: Enfermagem continua na linha de frente contra Covid-19

O ano de 2021 começou com boas e más notícias. Ao mesmo tempo que a pandemia está longe de finalizada, com desrespeito a recomendações de saúde e mortes batendo recordes, acompanhamos anúncios governamentais sobre início de campanha de vacinação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o segundo ano de pandemia pode ser mais difícil do o primeiro. “Em alguns países, vai ficar muito pior antes de melhorar”, alertou Maria van Kerkhove, diretora técnica da agência. E a situação do Brasil preocupa.

“Para obter imunidade de rebanho, que só é possível com vacinação, é importante que vacinemos o maior número possível de pessoas, o mais rapidamente”, afirmou, em nota, a Sociedade Brasileira de Infectologia, em sua análise sobre as vacinas do Instituto Butantan/Sinovac (Coronavac) e da Fiocruz/Oxford, que já foram testadas no Brasil e estão em fase de análise na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorização de uso emergencial.

Para cumprir esta missão, os profissionais de saúde serão novamente chamados à ação, principalmente da enfermagem. “Além de estarem na linha de frente dos cuidados aos pacientes de Covid, ainda terão o papel importantíssimo e a responsabilidade de aplicar a vacina em toda a nação”, afirma a auxiliar de enfermagem e vice-presidenta do SindServSV, Rita Bulhões. Mas, segundo especialistas, o respeito às recomendações sanitárias continuará necessário enquanto não se atinja a imunidade coletiva por meio da vacinação em massa.

Por ser a força de trabalho que vai ficar com mais essa missão, Rita destaca que o tema da valorização da enfermagem voltará com força, em especial dos(as) trabalhadores(as) que exercem suas funções no serviço público. E vale sempre lembrar que os servidores e o serviço público brasileiro convivem sob constante ameaça de desmonte por meio da Reforma Administrativa do governo Bolsonaro (PEC 32), em tramitação na Câmara dos Deputados, e a Lei Complementar nº 173/20, que congelou salários do funcionalismo em todo o país.

“Mas o Sindicato prosseguirá em seu papel na defesa das condições de trabalho para que possam ajudar a garantir o acesso à vacinação à população vicentina. É importante e merecido nesse momento o reconhecimento a esses profissionais, principalmente com atitudes concretas”, complementa. Assim, ela acredita que os(as) profissionais da enfermagem “terão todas as condições de ajudar o País a vencer o coronavírus, protegendo a população”