A Administração Municipal fechou 2017 em superávit, com aumento real de 3,47% na Receita Corrente Líquida, em comparação ao ano de 2016. O índice acima da inflação é fruto da arrecadação de R$ 840.287.602 entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, ou seja, R$ 28.170.378 a mais que o registro anterior, quando os cofres públicos receberam R$ 812.117.224, conforme divulgado pelo site da prefeitura.
O levantamento foi apontado pelo jornalista e consultor de finanças públicas, Rodolfo Amaral, que destacou que a gestão “alcançou uma proeza no seu primeiro ano de mandato: derrubou o índice de comprometimento de gastos com pessoal de 59,80% da Receita Corrente Líquida para apenas 52,74%, recolocando o município nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Sinal verde para o reajuste e negociações
Na opinião do diretor de comunicação, Marcelo Arias, o resultado obtido “tem enorme participação dos servidores, que amargam 21,89% de perda no seu poder de compra. Acreditamos que para o resultado ser exitoso, como pretende a propaganda do governo, é preciso sanar essa injustiça. É fácil falar em austeridade fiscal achatando salários. Entendemos o momento de crise, mas isso já ficou para trás”, enfatiza.
Para o vice presidente, Júlio Cézar Franco, além do achatamento salarial, o servidor tem se desdobrado para cobrir buracos no quadro de funcionários, bastante defasado. “Em alguns casos, de forma que o trabalho de 10 pessoas vem sendo realizado por menos da metade”, enfatiza.
Já o presidente do sindicato, Edson Paixão, ressalta que a categoria anseia há 3 anos pelo reajuste. “Nossa meta é garantir a reposição de todas as perdas salariais. Ainda que nem tudo seja reposto esse ano, continuaremos cobrando da Administração toda a reposição que nos é devida”, afirma o presidente.
Em pauta de reivindicação entregue em dezembro, o sindicato apontou o índice de 21,89% como as perdas salarias acumuladas desde 2015, baseado no INPC acumulado anualmente de outubro a setembro.
