GCMs não vão recuar

A setorial dos guardas civis municipais, realizada nas noites desta terça e quarta-feira (19 e 20/09), teve a presença de por volta de 80 servidores, em nova expressão de que lutar pela unidade de cada setor faz parte do processo de unificar todos os servidores públicos municipais, durante a elaboração da Pauta de Reivindicações (composta por propostas de caráter geral e reivindicações setoriais).

Ao contrário do que se diz, a construção por setoriais não visa dividir, apenas é o método de diálogo frente à massa de servidores públicos municipais. O Sindicato sempre busca costurar as expectativas em uma pauta que expresse os anseios da categoria em seu conjunto.

Os participantes ressaltaram que a defasagem da GCM é ainda maior, em razão das mudanças nos competes, com mais atribuições como uma verdadeira polícia municipal, o que requer uma supervalorização dos seus profissionais.

Desde junho, os servidores estão se mobilizando e em diálogo constante com o SindServSV, Comando da GCMs e Administração. Nesse período, os trabalhadores construíram um anteprojeto com alterações à Lei Complementar 1055, fizeram reuniões com o Sindicato, estiveram presentes na Câmara Municipal e entregaram o documento à Administração Municipal.

Essa questão se refere ao Plano de Carreira dos Trabalhadores de Segurança Pública. No entanto, segundo os trabalhadores, ainda não houve sinalização positiva do Governo. Mas os trabalhadores afirmam que não vão recuar.

A mobilização tem sido fundamental para que os GCMs chegassem em melhores condições à Campanha Salarial 2024. Segundo o GCM Silva Brito, a setorial cumpriu o objetivo de fortalecer a unidade. “Estamos mais unidos com foco no mesmo propósito para a readequação salarial. A união é essencial para a nossa vitória”, disse.

Insatisfação

Durante as reuniões, os servidores também reafirmaram quais são as principais questões que os afligem no cotidiano. “Apenas renovar equipamentos ou comprar viatura é obrigação, mas não basta se não houver valorização salarial. Os guardas estão insatisfeitos, com uma defasagem que faz com que dependam muito de horas extras”, afirmou um deles.

Outra questão sensível é o risco iminente que eles enfrentam. “Não quero mais ter que segurar alça de caixão de colega. Não dá para continuar assim”, apontou o diretor e GCM Candido. Outros dirigentes ressaltaram que a superação desses problemas apenas será possível com a manutenção da unidade e a participação de todos.

Força com unidade

“As propostas discutidas são justas e devem ser atendidas. A unidade que o Sindicato busca construir é importante para que a Gestão nos atenda, tanto as reivindicações gerais quanto as setoriais. Nossa mobilização começou há dois meses e chegou aqui para ratificar a nossa força”, garantiu o GCM Manoel. “Nosso anteprojeto já está com a Administração e esperamos resposta positiva”, acrescentou.

Estiveram presentes na reunião o secretário geral Marcelo Arias e os diretores Júlio Cezar, Danielle Rabelo, Gislaine Camilo, Arthur Godoy e os diretores GCMs Candido, Rogério e Valter Santos.

Não confundir alhos com bugalhos

Os servidores avisaram, ainda, que não irão aceitar que o conteúdo do anteprojeto da GCM seja diluído em contraproposta a ser feita pela Gestão após a entrega da Pauta de Reivindicações da categoria. “Se a gente se unir, não tem como derrubar”, garantiu Candido. O GCM Leandro avaliou a setorial da seguinte forma: “foi enfatizada a necessidade de alcançar as demandas da GCM, que desde o meio do ano estão em evidência para a Administração Municipal”.

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