GCMs e segurança pública em pauta

Nos últimos dias, São Vicente é destaque nos meios de comunicação em razão da onda de assaltos violentos. Tanto que a Prefeitura solicitou ao Governo do Estado a antecipação da Operação Verão, com o envio de reforço policial.

Em dezembro do ano passado, o Prefeito prometia que 2022 seria o ano da segurança pública. Até então, a Administração havia apresentado só a instalação dos aparelhos de monitoramento (totens), enquanto o Sindicato cobrava investimentos na GCM. O Sindicato já criticava a precipitação dessa novidade (desacompanhada de estudos de eficácia).

Segundo o secretário geral Marcelo Arias, a implementação dos totens significava colocar a “carroça na frente dos bois”. “A Administração antes deveria investir em pessoal, treinamento, equipamentos”, afirmou, durante o Papo de Quinta desta semana.

Apesar da Prefeitura ter contratado mais GCMs em 2022, o pedido de antecipação da Operação Verão demonstra que o contingente da corporação vicentina ainda não é suficiente para dar conta dos desafios da segurança pública.

Na semana passada, chegaram os novos coletes balísticos, e em breve será a vez de novos armamentos. Ao que parece, o Prefeito “corre atrás do prejuízo” para, enfim, corrigir essa equação: resolver as dificuldades sofridas pelos integrantes da GCM, causadas por falta de equipamentos e recursos.

Cabe aos guardas civis municipais complementarem a ação das polícias estaduais (Polícias Civis e Polícias Militares). Assim, a atuação da GCM em São Vicente não se restringe à proteção do patrimônio público, abrange também o policiamento ostensivo, a abordagem pessoal e a condução coercitiva.

“Por isso, a gente espera uma política de segurança pública que não seja restrita à Operação Verão”, defende o diretor Júlio Cezar. Para a direção sindical, a política de segurança pública deve ter ligação estreita com as demais políticas públicas, com a devida valorização da categoria, principalmente, por meio da recomposição do poder de compra.