Frente pela Vida lança campanha “O Brasil Precisa do SUS”

Nesta terça-feira (15/12), houve o lançamento oficial da campanha O Brasil Precisa do SUS, organizada pelo movimento Frente pela Vida, que é composto por uma série de entidades da sociedade civil como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS).Um dos objetivos é pressionar o Congresso Nacional pela manutenção do piso emergencial da Saúde em 2021.

Essas e outras organizações participantes são engajadas na defesa do direito à vida, saúde, ciência, meio ambiente e defende o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. O movimento também denuncia o fato do presidente Jair Bolsonaro haver sabotado ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19, e está preocupado com as consequências do término do efeito da lei que reconhece o estado de calamidade no País, 31 de dezembro, antes do fim da pandemia.

Em carta aberta, a Frente pela Vida critica o Governo Federal por apresentar um plano de vacinação contra a Covida-19 considerado “incompleto e com ações insuficientes”. Outro objetivo é mobilizar a sociedade para a importância do Sistema Único de Saúde e ameaça de desmonte que vem sofrendo, além da necessidade do Ministério da Saúde garantir o acesso a vacinas aprovadas pela Anvisa, organizando uma “campanha transparente, de comunicação direta e em âmbito nacional.

“A força do SUS no enfrentamento à pandemia da Covid-19, tão elogiada no Congresso Nacional, precisa ser reafirmada pelos parlamentares com a revogação da EC 95 [Emenda Constitucional que congelou os investimentos em Saúde até 2036] e a manutenção do piso emergencial no orçamento de 2021, propostas na petição pública do CNS e reforçadas na campanha O Brasil precisa do SUS, da Frente pela Vida”, destaca o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto.

“Especialmente, trabalhadoras e trabalhadores da saúde pública desempenharam papel fundamental na luta contra a Covid-19, na linha de frente do atendimento à população, servidores públicos que, muitas vezes, não têm condições mínimas de trabalho, como a falta de EPIs. Mas, como se vê, a pandemia ainda não foi embora e existem desafios a serem enfrentados que necessitam de um Sistema Único de Saúde fortalecido!”, defende a auxiliar de enfermagem Rita Bulhões, vice-presidente do Sindicato.