Dia do/a Assistente Social: defesa da vida e dos direitos

Neste Dia da/o Assistente Social, 15 de maio, não há motivos para comemoração diante do agravamento da desigualdade social, fruto não só da pandemia de covid-19, mas principalmente do desmonte das políticas públicas e do desgoverno Bolsonaro, cujas responsabilidades por suas ações desastrosas estão sendo investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal. Importante lembrar que antes da pandemia, o Brasil já estava se encaminhando de volta para o Mapa da Fome.

Esta data não visa apenas enaltecer esses profissionais, mas também denunciar ataques aos direitos sociais da classe trabalhadora, que são os principais beneficiários dos serviços públicos — que têm um alvo pintado em si pela PEC 32, a tal “Reforma Administrativa”, a “menina dos olhos” da agenda neoliberal do atual Governo Federal, cujo principal fiador é o ministro da Economia, Paulo Guedes, que já disse que seu objetivo é “colocar uma granada no bolso do servidor”.

A defesa dos direitos sociais, a visão de totalidade das condições materiais da classe trabalhadora objetivando sua emancipação, fazem parte do projeto ético e político da profissão, que norteiam a atuação de assistentes sociais nas estruturas do Estado. A questão é que, na maioria das vezes, os serviços públicos (saúde, assistência social, educação) não dão conta de garantir direitos para a massa trabalhadora.

“Além do presidente Jair Bolsonaro, o maior entusiasta desta política de morte é o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele é o fiador da agenda privatista deste governo que pretende acabar com o papel do Estado brasileiro na garantia de políticas e serviços públicos de combate às imensas desigualdades sociais”, afirma o diretor de Comunicação, Bruno Rodrigues.

“Trata-se de uma política de morte porque, quando o povo brasileiro mais precisa, em plena pandemia, com milhares de pessoas morrendo todos os dias – já se encaminha a 500 mil vidas perdidas pela Covid-19, enquanto sabemos que a vacinação poderia ter começado já em 2020″, acrescenta.

Ele denuncia que, enquanto a desigualdade social se agrava de forma brutal, este governo se mostra seu desprezo a qualquer mínima noção de justiça social, voltando-se ao desmonte dos direitos sociais por meio da destruição dos serviços públicos.

Ao contrário do que defendem o “enxugamento do Estado”, a esfera pública não é ineficiente ou insuficiente por natureza, mas resultado de opções políticas e econômicas bem definidas que favorecem setores já privilegiados da sociedade — a imensa maioria dos servidores está na ponta do serviço público, a exemplo dos/as assistentes sociais.      

Os/as assistentes sociais atuam neste entroncamento entre a demanda da população e a insuficiência das políticas públicas, buscando um denominador comum e, de preferência, o aperfeiçoamento do serviço público.

Hoje é dia de celebrar uma categoria que, no contexto da pandemia de Covid-19, escolheu fortalecer a luta pela saúde pública e políticas sociais e destacar o trabalho pela vida e resistência da classe trabalhadora.