Categoria não quer só aplausos

O servidores públicos viveram todo o caos da pandemia, que ainda não acabou. Situados na linha de frente, apesar do discurso de que são ‘herois da pandemia’, os trabalhadores e as trabalhadoras do serviço público munici´pal de São Vicente estão sem reajuste há dois anos. Em Estado de Greve, a categoria segue pressionando por meio do seu Sindicato por reajuste.

“A luta por valorização e melhores condições de trabalho é ação permanente do SindServSV, pois significa reconhecer que servidores e servidoras desempenham trabalho árduo para oferecer serviços públicos de qualidade à população, apesar das adversidades”, afirma Rita Bulhões, vice-presidente do Sindicato.

Vale lembrar os desafios que o Sindicato e trabalhadores enfrentaram para cobrar do Poder Público o fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos profissionais da saúde e demais servidores públicos municipais que desempenhavam suas funções presencialmente.

Além das diversas pendências relativas às condições de trabalho e dívidas trabalhistas acumuladas pelo Poder Executivo, após dois anos de perdas inflacionárias, o governo segue protelando a apresentação de contraproposta de reajuste.

Demagogia

Neste período de pandemia, profissionais da área da saúde foram elogiados por sua abnegação no combate à Covid 19. No entanto, tal deferência fica no campo do discurso e da demagogia, como no município de Santos em que foi aprovado o Dia do Aplauso aos profissionais da saúde, enquanto o Poder Executivo local também resiste a fazer um proposta que atenda os anseios da categoria.

Sem desmerecer o valor artístico da obra, outro exemplo demagógico é o mural, que foi produzido em frente ao Paço Municipal de São Vicente, em homenagem a profissionais da saúde, enquanto os servidores públicos municipais seguem desvalorizados.

Aplauso não põe comida na mesa

Em São Vicente a categoria também reivindica mais do que palmas. “Queremos valorização de fato, a começar por uma proposta de reajuste salarial, para que os servidores tenham condições que colocar comida na mesa das suas família. Não só merecemos como é nosso direito básico”, conclui Rita.

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Confira outras razões para o reajuste: