A inauguração do Hospital do Vicentino, localizado na Linha Vermelha (Avenida Minas Gerais, 19, Vila São Jorge), foi motivo de comemoração do prefeito Kayo Amado, que, de repente, “esqueceu” todas as suas duras críticas à obra do governo anterior. Será que todos os problemas apontados por ele antes de virar prefeito deixaram de existir? Por meio do Conselho Municipal de Saúde, a representante dos trabalhadores da saúde e vice-presidente do SindServSV, Rita Bulhões, acompanha de perto essa questão.
A Prefeitura diz que, na primeira fase de instalação, haverá 67 leitos para internação, com 200 profissionais da saúde, alguns que serão transferidos do CREI e outros que trabalharão mediante pagamento de hora extra. Pacientes e servidores serão transferidos gradativamente: médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de limpeza, técnicos de manutenção e auxiliares administrativos.
Em péssima situação estrutural e de condição de trabalho, o antigo de CREI terá seu funcionamento encerrado e o prédio demolido para dar lugar a um novo Pronto Socorro Central, com investimento previsto de R$ 16 milhões do Governo do Estado de São Paulo.
A vice presidente do Sindicato, Rita Bulhões, lembra que, desde o início da obra, o atual chefe do Executivo criticava a escolha do local (afetado por constantes alagamentos e problema de transporte público) e o valor do aluguel a ser pago pela Administração. Por meio de uma “Parceria Público Privada”, hoje, o valor da locação ficou ainda maior.
Motivado por ação do Ministério Público, a Justiça deu prazo de 12 meses para que a Prefeitura resolva a questão do CREI, cujo prédio não possui o AVCB, documento concedido pelo Corpo de Bombeiros que garante as condições de segurança e prevenção de incêndio e desmoronamento de prédios públicos e particulares.
A diretora Sheyla Monzillo, que também é conselheira municipal da Saúde, explica que o projeto das instalações do, hoje Hospital do Vicentino, previa um Pronto Socorro, mas, diante diante do prazo dado pela Justiça, foi readequado para o atendimento hospitalar. Em comparação ao CREI, já bastante deteriorado e inadequado ao atendimento de urgência e emergência, o Hospital do Vicentino representará alguma melhoria nas condições de trabalho, já que oferecerá uma infraestrutura nova para os servidores trabalharem. “No entanto, a questão da insuficiência do quadro de servidores continuará porque haverá apenas remanejamento de pessoal”, ressalta.
