Nesta semana, os integrantes do Fórum Vicentino em Defesa das Aposentadorias se reuniram, na sede do SindServSV, para planejar os próximos passos da luta.
Após um início positivo de mobilização, o grupo decidiu manter uma atividade permanente de panfletagem e coleta de abaixo-assinado todas as quartas e sextas-feiras, das 17 às 19h, em frente ao Sonda, na Rua Jacob Emmerich, além da organização de atividade cultural, panfletagens e palestras nos bairros, em associações de melhoramentos e sindicatos, inclusive no SidServSV sobre os impactos da Reforma da Previdência no serviço público municipal.
O fórum é composto por movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos, grupos religiosos, de defesa de direitos, organizações juvenis e cidadãos e cidadãs preocupados com seus direitos. O objetivo do movimento é mobilizar a classe trabalhadora vicentina na luta contra o fim da Previdência Social e em defesa do direito de se aposentar, ameaçado pela proposta formulada pelo Governo Bolsonaro.
As reuniões do Fórum Vicentino em Defesa das Aposentadorias ocorrem toda terça-feira, às 19h, na sede do Sindicato (Rua Visconde de Tamandaré, 234, Centro).
Abaixo-assinado
A campanha do abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência está ganhando as ruas em várias regiões do país. A coleta de assinaturas, lançada pelas centrais sindicais no último dia 4, está sendo feita em fábricas, locais de trabalho, feiras, bairros, terminais rodoviários e outros locais públicos.
As atividades de coleta de abaixo assinado do Fórum Vicentino têm sido tranquilas e eficazes. Houve receptividade positiva entre trabalhadores e trabalhadoras, jovens e idosos, homens e mulheres. A rejeição às mudanças pretendidas pelo governo Bolsonaro é evidente. Além disso, as pessoas querem saber mais sobre as consequências dessa reforma para a aposentadoria.
Rejeição dos brasileiros
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada na segunda-feira (08/04), a Reforma da Previdência é rejeitada por 51% dos brasileiros. São favoráveis à proposta 41%, enquanto 2% se dizem indiferentes e 7% não souberam responder.
A maior rejeição é por parte das mulheres (56%), que, de fato, serão um dos segmentos mais prejudicados com a reforma. O índice supera em, pelo menos, dez pontos percentuais todas as faixas etárias até os 59 anos de idade. Entre os homens, 48% se dizem a favor e 45% contra.
A maioria é contra a exigência de idade mínima: 65% das mulheres se dizem contra os 62 anos de idade para se aposentar, enquanto 53% dos homens se opõem a mudança para 65 anos. Também há maioria contrária em contribuir 40 anos para a aposentadoria integral: 60% rejeitam.