Dissídio: Prefeito bate na mesma tecla em resposta à intimação

Após ser intimado pela relatora do processo de Dissídio Coletivo de Greve, o Prefeito respondeu – por meio da procuradoria municipal – de forma “curta e grossa” à solicitação de informações sobre a documentação apresentada pelo Departamento Jurídico do SindServSV. O prefeito insiste na mesma narrativa de que o orçamento municipal não pode atender aos anseios dos servidores.

“os documentos trazidos pelo Sindicato vão ao encontro das alegações já prestadas pelo Município quanto a impossibilidade de atendimento ao pleiteado no presente dissídio, uma vez que o limite prudencial não significa meta a ser cumprida pela Municipalidade”, registra o documento oficial.

O governo diz que não o limite prudencial não é meta, mas esquece que está devendo dinheiro para o servidor. “Não pedimos aumento real, reivindicamos minimamente a reposição das perdas salariais, que é resultado da corrosão inflacionária. Isso não é meta, é obrigação e responsabilidade”, afirma Edson Paixão.

Conforme já publicado, o advogado do Sindicato, Luiz Gonzaga Faria, apresentou diversos comprovantes que demonstram que a Prefeitura está com despesa com pessoal abaixo do limite determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A partir da análise das alegações iniciais do Sindicato, dos documentos juntados e essa resposta, a relatora irá fazer o voto dela para o julgamento (ainda sem data marcada). “Pode até ser que ela me conceda prazo para falar sobre a resposta da Prefeitura, mas acho difícil”, diz.

“A realidade é que a Prefeitura tem margem, mas prefere politicamente se submeter aos parceiros, ao invés de melhorar um pouco a vida de seus servidores, que, após dois anos sem reposição salarial, foi obrigado a engolir 1,8%”, afirma a diretora Mariany Vieira.