Centrais sindicais divulgam novo calendário de lutas

Dirigentes das centrais sindicais estiveram reunidos nesta sexta-feira (28) em São Paulo para debater e avaliar o encaminhamento da luta contra a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Na ocasião, os sindicalistas confirmaram apoio aos atos convocados pela UNE (12/7) e pela CNTE (13/8) em defesa da educação e contra a reforma da Previdência, bem como a Marcha das Margaridas, que as trabalhadoras rurais realizarão também no dia 13 de agosto.

Também comemoram o arquivamento da nefasta Medida Provisória 873, que estabelece novos obstáculos à arrecadação de recursos pelos sindicatos e tem como principal objetivo enfraquecer e destruir o movimento sindical.

A MP 873 quer asfixiar os sindicatos economicamente, violando acordos internacionais assinados pelo Brasil que garantem o respeito à autonomia e a liberdade sindical colocando em risco a existência das entidades de classe e enfraquecendo a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições dignas de trabalho.

A articulação e a luta das entidades sindicais, juntamente com os parlamentares, comprometidos com os interesses da classe trabalhadora, foram fundamentais e determinantes para que a MP 873 não conseguisse o apoio necessário no Parlamento e perdesse a validade nesta sexta-feira (28 de junho).

A nota das centraisLeia abaixo a nota das centrais sindicais:As Centrais Sindicais, reunidas em São Paulo no dia 28 de junho em São Paulo, avaliaram os resultados do importante trabalho feito pelos sindicalistas com os parlamentares dos Partidos da Minoria e Partidos do Centro na Câmara dos Deputados, debatendo o conteúdo da Reforma da Previdência e o processo legislativo de votação. Neste processo, as entidades reafirmaram o posicionamento contrário e crítico ao relatório substitutivo do Deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) e destacaram as mudanças reivindicadas e incorporadas até o momento ao documento do Relator.

As centrais alertam que os trabalhadores e as trabalhadoras devem se manter permanentemente vigilantes e as entidades destacam a importância de reforçar a atuação junto ao Congresso Nacional, visando tratar das questões e do conteúdo dessa nefasta reforma.

Neste sentido, as Centrais Sindicais conclamam os trabalhadores e as trabalhadoras para o máximo esforço na atuação junto às bases dos deputados e senadores.

Nesta reunião, o Fórum dos Trabalhadores do Setor Público de São Paulo entregou às centrais os abaixo-assinados com milhares de assinaturas.

No encontro se registrou o ataque que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo vem recebendo da empresa e as demissões de trabalhadores metroviários, que receberam a solidariedade das Centrais Sindicais.

Os sindicalistas também manifestaram repúdio pelas práticas antissindicais observadas em outras unidades do país e em outros locais do Estado e por isso as centrais vão solicitar uma audiência com o governador de São Paulo para um diálogo, no sentido de garantir o direito de organização e manifestação.

Os próximos passos unitários das centrais serão os seguintes:

* Julho será o mês para intensificar, todos os dias, nos locais de trabalho, nas praças e locais públicos, a coleta de assinaturas no abaixo-assinado contra o fim da aposentadoria – prazo para conclusão da coleta de assinaturas – 04 de agosto. (Solicitamos que todos organizem atividades conjuntas de coleta das assinaturas).

* Prazo para a entrega dos abaixo-assinados na sede nacional da sua Central Sindical – 08 de agosto.

* Entrega do abaixo-assinado das centrais no Congresso Nacional – 13 de agosto, em Brasília.

* Apoiar, valorizar e participar do Ato Nacional dos estudantes durante o Congresso da UNE, em Brasília, no dia 12 de julho, pela valorização da educação, incluindo a defesa da aposentadoria. No mesmo dia, a orientação é de que a classe trabalhadora se mobilize nos estados e nas cidades na coleta de assinaturas dos abaixo-assinados.

* Apoiar e participar da Marcha das Margaridas no dia 14 de agosto, também em Brasília.

* Apoiar e participar da luta dos professores, coordenada pela CNTE, no dia 13 de agosto.

Por fim:

* Devemos continuar em estado de mobilização permanente com assembleias nos locais de trabalho para influenciar nas mudanças deste projeto e evitar que pontos críticos sejam reintroduzidos no texto com objetivo de garantir uma aposentadoria digna para os trabalhadores e para as trabalhadoras.

*Próxima reunião das Centrais Sindicais: 16 de julho.

A nossa unidade cresce na luta e com a mobilização. Sigamos em frente!

 

Fonte: CTB